Conhecendo
a Comunidade Parceira da Escola Estadual de Ensino Médio José de Anchieta de
Bom Progresso-RS
UM POUCO DA HISTÓRIA DA COMUNIDA E DA ESCOLA PARCEIRA.
O primeiro povoado de Bom Progresso, foi
agraciado com o decreto nº 3871 de 13 de março de 1953, criando a Escola Rural Reunida de Boca da Picada. Seu
primeiro diretor e professor unidocente foi Pedro Reinaldo Jacobs, sendo
conhecido como um dos pioneiros pela comunidade de Bom Progresso, conduziu a
escola por muitos anos, ministrando aulas e por muitos anos exercendo grande
liderança na comunidade. Mais tarde como consta nos registros que a escola
passou por várias denominações, sendo elas: Grupo Escolar Rural, Escola Rural
de Bom Progresso; Escola Rural de Demonstração de Bom Progresso. Nessa época havia grande participação de alunos e pais no entorno da escola, principalmente nas plantações, porém atualmente essa participação as atividades de produção sem encontra meio ocultada.
Escola Estadual de 1º Grau José de Anchieta, hoje atualmente Escola Estadual de Ensino Médio José de Anchieta, funciona em três turnos, atendendo toda a clientela da comunidade, manhã, tarde, noite. A maior parte dos alunos vem do interior do nosso município.
Escola Estadual de 1º Grau José de Anchieta, hoje atualmente Escola Estadual de Ensino Médio José de Anchieta, funciona em três turnos, atendendo toda a clientela da comunidade, manhã, tarde, noite. A maior parte dos alunos vem do interior do nosso município.
Atualmente a comunidade em torno da
escola parceira, residem famílias dignas, na sua maioria pessoas de mais idade,
onde os filhos deles já estudaram no educandário, e moram em outras cidades,
pessoas que demonstram respeito e conhecimentos por toda cidade de Bom
Progresso, até por ser uma cidade pequena com apenas 2.324 habitantes. Sua principal fonte de renda da comunidade é a agricultura.
Percebe-se com relatos e conhecimentos
em torno da escola, ela é vista como um
espaço privilegiado, construindo-se
um ambiente propício à aprendizagem e de grandes realizações deixando marcas
positivas de grandes merecimentos históricos por todas as pessoas que as
circulam. Atingindo laços de confiança entre todos, transformando com isso em
um centro de construção de uma rede de saber culturais, responsabilidades
sociais e morais de grande respeito e valorização por toda comunidade, pois
todos de alguma forma contribuíram para que hoje é esse lugar bom de se viver. Vejamos a seguir mais detalhes da história dessa comunidade.
- Fotos da escola no passado e seu entorno.
Lavoura que faz parte do entorno escolar. Comunidade escolar e alunos. Arquivo da Escola. |
Confraternização na escola, com pais e alunos. Ano de 1975. Arquivo da Escola. |
Teatro na escola, com a participação da comunidade.
Acontecia nos finais de semana
Arquivo da Escola.
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- Documento históricos da Escola Parceira.
- Fotos da escola nos dias atuais e seu entorno.
A escola Atualmente Foto. Daniela Aline Deuschle.
O entorno da comunidade parceira Foto. Daniela Aline Deuschle Postei esses dois vídeos, com autorização. Colheita de Soja em uma propriedade em Bom Progresso, próximo a escola. Data: 04/04/2013. Fonte do vídeo: Daniela Aline Deuschle
Elaborado em forma de questionários, a partir disso posso dizer que o morador mora na localidade a mais de 50 anos. Quando chegou na localidade de Bom Progresso, era muito diferente, calçamento não havia nem luz elétrica, as coisas eram mais difícil, em relação a transporte e saúde, naquela época havia mais união entre as pessoas umas ajudavam as outras nós afazeres, a antiga troca de serviço.
Sua infância era bem puxada, desde os 06 anos de idade acordava de madrugada para ajudar os pais na propriedade, uma tarefa que recorda muito bem na época não havia o moinho, então socavam o milho no pilão, para virar a farinha, quando matavam um porco para o consumo, as carnes eram guardadas em latas de banha, por e posteriormente era usada para nossa alimentação, como o bolo de milho, a polenta, entre outros. Quando ficavam doentes era a base de chás, hospital era difícil, dentista recorda que havia somente em Santo Augusto uns 40 km, eram feito na maioria das vezes de carroça, assim como os passeios para as cidades vizinhas, a gente também não tinha outras condições. As festas da época eram bem diferentes, começam cedo mais ou menos as 18 horas e iam até outro dia de manhã, tinha lanches para comer, o tradicional salame não faltava, a locomoção era feito a pé, com uma turma de amigos.Comenta que aprendeu muito com isso, a da valor nas coisas, graças ao bom ensinamento da família.
Em relação a escola perante a comunidade o mesmo falou que tem grandes recordações do educandário, estudou na mesma, as atividades eram cobradas, aluno que não obedecida ficava de castigo, em cima de milho debulhado, serviços da escola como limpar, capinar, plantar e até cozinhar eram elaborados pelos próprios alunos, certamente com isso me trouxeram grandes aprendizados satisfatórios. Atualmente a escola segundo o seu Clóvis, traz benefícios importantes, sempre ajudando no que for preciso, principalmente o Auditório da escola, aonde é realizado as reuniões do SUS, sempre tem o que ensinar para a população.
Perguntando se o mesmo exerce papel importante para a comunidade, relata que de alguma forma sim, que todos que nela pertence são pessoas simples e honesta, já ajudei muito em serviços extra na escola, como cortar árvores e reformar a estufa da escola, isso mais ou menos uns 10 anos atrás, queria poder ajudar ainda, porém a idade já está avançada e o corpo não colabora. A comunidade atualmente está bem organizada, não trocaria esse lugar por outro, pois aqui casei e criei meus filhos que de alguma forma contribuam, e tenho minhas raízes históricas e com certeza tenho muito ainda que aprender e ensinar para futuras gerações, que para mim continua viva, algumas tendei transmitir para meus filhos e netos, mas nem todas continua viva, hoje eles tem uma visão diferente, costumes ainda eu e minha esposa mantemos vivos como por exemplo adoramos faze um pão de milho no forno a barro, outra coisa final de semana dia de ir a missa e reunir a família.
Seu Clóvis e sua esposa adoram se divertir, agora porém não frequentam muito o Grupo de Idosos, mas acredita que não tem coisa melhor para renovar, o auto estima.
Antigamente havia mais união familiar em relação a criação dos filhos, atualmente com o uso da tecnologia, conhece por seu neto passar o tempo todo em um computador, com isso a família só se afasta, as pessoas ficam mais rebeldes, não havendo mais aquele diálogo como antigamente. Agora vejo que é cada um por si.
Muita coisa mudou sim, para melhor, mas acredito que a união entre as pessoas em certos momentos ficaram de lado, principalmente os costumes passados de gerações em gerações.
Entrevistado: Clóvis Vieira, Idade: 75 anos.
Casado com Norma Vieira: 70 anos.
O mesmo não gostou muita da ideia de tirar foto e postar no blog, acredito por não gosta muito da Era Digital, porém apenas autorizou a divulgação do nome.
Concluo que tudo que foi apresentado até o presente momento, existem histórias marcadas na sociedade, transformação, inovação, trouxeram algo positivo. Assim como, é indispensável a escola socializar, aprender, valorizar historicamente a sociedade que esta inserida, fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos educandos e discutido em sala de aula, entendendo com isso aonde queremos chegar com o referente projeto. Será não é como o seu Clóvis relatou que os costumes, as raízes históricas estão esquecidas, necessita-se sim aprofundar esses conhecimentos e ensinamentos, que geralmente estão no nosso lado. Aqui ficou apenas uma parte de uma história, a riqueza de tudo isso ainda se encontra escondida, basta apenas ir atrás dessa maravilha e divulgar.
Vimos que tudo mudou na comunidade, e que o passado é tão lindo quanto o presente.
Referências Bibliográficas
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AMUCELEIRO. Histórico
do Município de Bom Progresso. Disponível em: http://www.amuceleiro.com.br, acessado
em 07/04/2013.
FAMURS. Portal Municipal. Dados Gerais -
Bom Progresso/RS.
Disponível em: http://www.portalmunicipal.org.br, acessado em 28/03/ 2013.
Arquivo extraído de material teórico, disponível em: Histórico Escolar da Escola
Estadual de Ensino Médio José de Anchieta de Bom Progresso. Sem autor e data de publicação.
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